Longe da balada, Eduardo Ramos tenta recuperar seu espaço no Corinthians

Meia revela que estava abusando das noitadas e que assunto chegou no ouvido da comissão técnica. Queda de rendimento o deixou de canto

Leandro Canônico São Paulo

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Eduardo Ramos: fama rápido e queda no ostracismo

Eduardo Ramos chegou ao Corinthians com status de “novo Kaká”. Destaque do Anápolis no Campeonato Goiano, ele logo se firmou como titular com Mano Menezes e teve participação importante na Copa do Brasil. De repente, porém, sua produção começou a cair, foi para reserva e depois chegou a nem ser mais relacionado. Às vésperas de sua última chance no ano, o meia afirma que a noite o atrapalhou.

– A gente sabe que aqui em São Paulo tem muito corintiano. Mas você acaba saindo, é normal do jogador, não tem como. E sempre chega nos ouvidos (da comissão técnica e da diretoria). Então somos orientados fora de campo também. Onde deve ou não deve ir, se sai com a família ou sozinho – declarou o meia, de 22 anos.

À época da contratação de Eduardo Ramos, Mano Menezes apostou bastante no jogador, mas como segundo volante, e não de meia, posição em que ele se destacou no futebol goiano. O jogador, porém, não acredita que isso tenha facilitado sua queda de rendimento. Pelo contrário, ele acha que chegou a fazer bem a função.

– Cair faz parte do futebol. Eu me contundi, fiquei fora por um tempo, mas estou tranqüilo. A mudança de posição não atrapalhou em nada. Na verdade, acabei aprendendo muito com isso e no futuro vou ter bastante a acrescentar – completou Eduardo Ramos, que tem contrato com o Corinthians até dezembro de 2012.

Embora esteja em baixa, Ramos não está na lista de jogadores que devem ser dispensados ao final da temporada. Não só por ainda ter mais quatro temporadas com a camisa do Corinthians, mas também porque Mano Menezes acredita que ele seja uma boa opção, principalmente com a possibilidade de suspensão de Elias.

O camisa 7 alvinegro, junto com Morais, se envolveu em briga com os jogadores do Avaí, no jogo do último sábado, e serão julgados em breve pelo STJD. A pena de ambos pode chegar até 540 dias de gancho.