Bom ambiente e presença de Ronaldo dão sustentação
– Se estiver apertado pode tocar a bola em mim. É serio moleque!
A frase acima é de Ronaldo, três vezes melhor jogador do mundo e duas vezes campeão mundial pela Seleção. E foi dita a Marcelinho, de 19 anos, que minutos depois iniciaria sua primeira partida como titular no profissional do Corinthians. Detalhe: contra o rival São Paulo.
A frase representa bem o suporte que, neste momento, os pratas da casa têm no profissional. Ao contrário de outros jovens promovidos das categorias de base em situações adversas, os moleques de hoje, representantes do extinto Terrão, no elenco de Mano Menezes têm à disposição condições suficientes para se tornarem realidades.
Além da companhia do Fenômeno, eles têm chances de atuar em partidas que não são de vida ou morte, atuam ao lado de bons jogadores, que compõem uma equipe equilibrada e entrosada. Fora de campo, já conseguiram bons salários e têm na figura de Mano alguém que os enxergam como pedras preciosas a serem lapidas, não como soluções dos problemas.
– Quando Lulinha subiu, além de muito novo (17 anos), o time não estava nada bem. Isso atrapalhou. No meu caso é diferente porque subi para uma equipe que está redondinha, acertadinha e, por isso, qualquer um que entrar vai dar certo – afirma Marcelinho, um dos 12 pratas entre os profissionais.
A citação ao meia-atacante não foi por acaso. Nas categorias de base, Lulinha era a maior esperança entre todos os garotos corintianos. Ao ser promovido aos profissionais, em 2007, deparou-se com um elenco fraco, uma equipe desequilibrada e ainda teve de conviver com confusões fora das quatro linhas, inclusive, de notícias policiais. Tentar evitar o rebaixamento foi “apenas” um dos seus objetivos.
Para aqueles que veem Dentinho como a resposta pelo fracasso de Lulinha, que já foram lançados de maneira simultânea, vale lembrar que a postura das pessoas em torno deles foi completamente diferente. O primeiro, de maneira correta, subiu como uma promessa. O segundo, por pressão de seu empresário (Vágner Ribeiro), foi lançado ao status de craque mundial, pretendido por grandes da Europa. Tratamentos distintos que foram espelhados nos futuros de ambos.
Que Marcelinho e os outros 12 pratas da casa aproveitem a paz. Por se tratar de Corinthians, algo que deve ser passageiro. Ou não?
Revelações que não vingaram e que saíram em baixa do Corinthians…
Abuda (2003)
Surgiu como promessa no Timão, mas não vingou. Foi vendido para o Wolfsburg (ALE), mas voltou para jogar pelo Vasco. Depois de disputar o Paulista pelo Marília, foi emprestado para o Brasiliense.
Betão (2001)
Mesmo campeão brasileiro em 2005, conviveu com críticas e crise fora do campo nos anos seguintes. Saiu após o rebaixamento em 2007. Depois de fraca passagem pelo Santos, foi vendido para o Dínamo de Kiev, da Ucrânia.
Coelho (2003)
Ficou marcado negativamente após um gol contra contra o River Plate, na Copa Libertadores-06. Preterido por Mano Menezes, saiu para o Atlético-MG, e agora está emprestado ao Bologna (ITA).
Eduardo Ratinho (2005)
Revelação da lateral direita do Brasileiro, foi emprestado ao CSKA (RUS). Quando voltou, não agradou a Mano Menezes e foi emprestado ao Toulouse (FRA). Foi dispensado do Fluminense após fracasso na Copa do Brasil. Pertence ao Timão.
Éverton Ribeiro
Perdeu espaço com a boa fase de André Santos e Wellington Saci. Foi emprestado ao São Caetano, onde não se destacou.
Rosinei (2004)
Chegou a ser campeão brasileiro, em 2005, mas deixou o clube meses antes da queda, em 2007. Hoje é reserva no Inter.
Wilson (2003)
Saiu brigado do Timão, em 2008, e acertou com o Genoa, da Itália. Atualmente está no Sport.
Pratas-da-casa que tiveram (ou ainda têm) carreiras vitoriosas…
Anderson (2000)
Foi para o Benfica (POR), em 2005, como parte do pagamento de Roger. Passou ain-da por Lyon (FRA), São Paulo e Cruzeiro.
Casagrande (1982)
Tornou-se um dos melhores da posição no país. Brilhou em grandes clubes do Brasil e do exterior e na Seleção.
Cris (1995)
O zagueiro foi trocado por João Carlos, do Cruzeiro. Depois, passou por Bayern Leverkusen (ALE), Cruzeiro e Lyon (FRA).
Deco (1996)
Passou por Alverca, Salgueiros, Porto, Barcelona (ESP) e, agora, está no Chelsea (ING). É titular da seleção portuguesa.
Edu (1998)
Em 2001, volante foi para o Arsenal (ESP). Depois, Valencia (ESP). Pode voltar para o Corinthians nesta temporada.
Ewerthon (1998)
Transferiu-se para o Borussia Dortmund (ALE), em 2001. Defendeu o Stuttgart (ALE) e, hoje, está no Zaragoza (ESP).
Jô (2003)
Por cifras milionárias, foi vendido ao CSKA (RUS), em 2005. Ainda foi convocado algumas vezes para a Seleção Brasileira. E quando se transferiu para o Manchester City, no ano passado, ainda rendeu alguns milhões para o Timão.
Sylvinho (1994)
Jogou pelo Arsenal (ING), mas destacou-se mesmo na Espanha. Neste ano foi campeão da Liga dos Campeõs pelo Barcelona. Seu contrato não foi renovado e, agora, pode voltar para o Timão.
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